Toda luta tem em sua essência o bem maior, mais definir qual bem é maior e qual é menor revela o dilema da realidade da vida. Numa sociedade organizada o salvador e o carrasco caminham na mesma direção, no mesmo espaço e ambiante, mas qual deles será amado e odiado dependerá do momento e das circunstâncias. Enquanto a  anormal normalidade mantém o linear do limite do suportável, o pensamento se volta para o bem maior da preservação. Mas há um tempo para a paz se manter forte perante a inevitável guerra. Quando o momento e as circunstâncias se convergem em desespero e necessidade, certamente haverá o instinto mais primitivo do ser humano e o levará a agir conforme suas convicções. Portanto o bem  maior outrora protegido se torna o bem menor e o carrasco se torna o salvador da auto preservação.

      Saber qual o melhor caminho da sensatez é para muitos a luta pelo bem da vida, sendo  a insensatez o caminho da preservação. A barbárie e o caos são jazigos mantidos pela sensatez, como guardião desse jazigo os mantém soterrados. A sensainsesatez é o ato do carrasco em provisionar as fissuras dos jazigos não previsto pela sensatez. Contudo, o bem maior antes tutelado será o bem menor se os jazigos se abrirem e o mal maior causar mais dano e morte que o bem maior outrora protegido.

       Viver o agora como remediação do momento e circunstância da possibilidade imediata, tem-se no salvador a certeza da decisão correta da sensatez. Mais procrastinar a sensatez no caminho do risco do inevitável, terá no futuro próximo a esperança na sensainsensatez do carrasco como salvador da sociedade desorganizada.