A força da crise

    A crise tem em seu colapso a perda real de vidas e patrimônio. A dúvida é se surge por consequência de ação premeditada ou especulativa, então temos a intervenção humana com escopo da causa ou da consequência? Aqui paira a pergunta. A crise instaurada ou provocada alcançou a repercussão mundial, foi capaz de desestabilizar governos e fragiliza grandes corporações. Quando a ideia é colapsar o mercado instável,  logo é aceitável a perda imediata com intenções futuras, pois a certeza de o pós crise permitirá a oportunidade de domínio e monopólio dos mais fortes, criando-se uma nova ordem mundial, onde o controle econômico passa a ser transferido para aqueles que  certamente contribuiram para a causa, por estarem mais preparados em perder para ganhar.

   A grande guerra comercial global dita as regras e determina a potência de cada país, quando a crise é planejada e força a queda proposital com reflexo na economia mundial, os fortes suportam o golpe dado, pois na crise todos estão fragilizadas e descapitalizado, com vultuosas dívidas impagáveis. Iniciar a nova ordem econômica atrai aqueles que possuem meios de injetar dinheiro e erguer corporação ou mesmo a economia do país, criando conceitos e regras favoráveis com a promessa de alavancar o país as mínguas, com o sacrifício da massa que sempre é a mais prejudicada e a que mais contribui para a riqueza e o crescimento econômico.

   Os países de economia estável e forte não há como interferir diretamente, mas suas empresas gigantes certamente aceitará novo capital e a transferência de ações ao novo investidor. Com isso, grandes empresas passam a serem controladas por capital estrangeiro, assumindo o mercado nacional e internacional, pois as novas oportunidades comerciais passam a ser redirecionadas.

   Mas a crise provocada não tem somente o oportunismo das grandes empresas internacionais endividadas, mas também desestabilizar países em desenvolvimento, cuja economia é fragilizada. Para os fortes isso é o pote de ouro no fim do arco-iris, pois sabem que acabam sofrendo o maior impacto na economia, engendrando-se assim as maiores oportuidades. Indubitável que a guerra comercial atrai investidor estrangeiro, com interesse pleno no domínio acionário, senão a totalidade das ações.  O poder da barganha pós crise permite a aquisição de grandes empresas a bagatela da dívida contraída. Países que tem interesse em se manter grande, na competitividade mundial, almejam na crise a chance de dominar o mercado e ditar as regas cambiais tão sonhadas.

   Essa guerra pelo monopólio engendra especulações e causa falsa insegurança econômica, como escopo de enfraquecer a balança comercial do concorrente. Por isso somente os fortes sobrevivem a crise, mas quando a crise é programada e forjada com intuito de colapsar todos os fortes, a ressurreição dos mais preparados se tornaram lideres do novo cenário de superação.

  Contudo, tenho como ideia intangível a certeza que a paralisação global da economia foi premeditado, manobra politica com escopo de enfraquecer as grandes instituições globais, cada qual em sua área de atuação, que ditam as regras da economia no seguimento explorado, para que a nova ordem assuma a restruturação e os novos parâmetros a ser adotado e seguido. Lamentável que, para isso, a vida humana tenha sido o fator essencial e preponderante para gerar o resultado fim. Inegável que as crises só alavancam investimentos de estrangeiro, que acaba entrando no mercado, muitas vezes fechado, de países cujo o colapso de fato afeta consideravelmente a economia do país.

  Não tenho dúvida que a crise foi forjada, a custa de vias humanas, trará a face do novo país dominante. Certamente a atual crise não será a última, mas o modelo ideal para evoluir-se como estratégia tempos em tempos.

   Se não houver consenso da comunidade internacional para frear o mercado e seus meios desleais na competição desenfreada do monopólio. Chegará o dia que a economia não será mais o bem a ser conquistado, pois a matéria escassa será os próprios humanos.