Aspectos gerais da CIDADANIA
Todo poder emana do povo, mas nem todos do povo exercem o direito de cidadania como poder originário, essa dualidade contraditória faz dos aspectos gerais da cidadania o elemento essencial do exercício lídimo dos direitos políticos sobre o estado soberano em que se vive.
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A personalidade civil inicia-se com a vida, sendo este direito intransmissível e irrenunciável, sendo livre de qualquer ameaça ou lesão que venha sofrer. Conforme preceitua o Código Civil.
Os valores sociais, morais, étnicos, capaz de formar as pessoas e a construir a sua própria identidade personificada, para a convivência em sociedade no pleno exercício individual dos direitos e deveres em respeito a liberdade de outrem.
Ser cidadão implica em exercer deveres e não somente direitos. Feliz o indivíduo que tem a seu dispor o poder político de votar como ato de soberania popular.
Ordem e progresso é o slogan de nossa bandeira, que se invertermos a leitura e eliminarmos os R lê-se antagonicamente algo como “os sego p medo”, que para a pseudociência trata-se de uma mensagem subliminar, que na construção frasal pode dizer que é “ceifar pelo medo”. Cada cidadão tem o dever de decidir qual a política melhor governará o seu direito individual em sociedade, pela soberania do Estado que o representa.
Os valores sociais dignifica o ser, como trabalhar e prover-se, estudar e formar-se, sociabilizar e casar-se, ou simplesmente viver livre para agir nos limites da lei, que é a pedra filosofal do Estado Democrático de Direito.
O direito individual não sobrepõe ao interesse coletivo, mas tem a proteção constitucional para todos os fins, pois cabe ao Estado a garantia do bem comum. Aceitar a vontade popular como ato soberano é dever cívico do exercício da cidadania.
O advogado é o instrumento de acesso ao exercício do direito violado, bem como a lesão ou a ameaça ao direito, dos cidadãos cuja personalidade civil não sofre impedimento definidos em lei.
A cidadania e a política
Dentre os direitos do cidadão a Magna Carta traz em seu artigo inaugural que o Brasil rege pelo Estado Democrático de Direito e arrola os fundamentos da Constituição. Os dois primeiros incisos tem por ordem reconhecer primeiro a soberania do Estado, em seguida a cidadania.
Tão somente no parágrafo único é que a soberania é exercida nos termos do preâmbulo da constituição – trecho do texto: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para a instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna.”
O dito parágrafo declara que todo poder emana do povo e será exercido diretamente por seus eleitos. Como se lê no preambulo, a parte preliminar da ação que se vai praticar não tem a legitimidade do povo, mas tão somente uma autoproclamação dos representantes do povo, visto que inexistiu qualquer reverendo ou consulta popular, senão a reunião partidária dos congressistas com a chancela do judiciário e outorga dos militares.
A ordem constitucional dos valores democrático são a soberania do Estado e a cidadania, após esses valores reconhecidos é que o poder emana do povo. A cidadania é o direito que representa o povo, como tal em outras constituições também deu status legítimos aos cidadãos e não ao povo constituído.
Soberania e poder
O direito político é o maior patrimônio que o cidadão possui, pois até a liberdade e a vida são direitos naturalmente irrenunciáveis, mais podem ser cerceadas se estiver sob o poder de um tirano. Com isso, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, define no artigo 14 que: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular”. Quer dizer que o poder soberano nasce com a cidadania e é transferida aos seus representantes, que passaram a exercer o poder soberano do Estado.
Para melhor entender a evolução histórica das constituições brasileiras, voltar no tempo ajudará a compreender melhor. O Brasil Colônia era regido pelas leis de Portugal, conhecidas por Ordenações, dentre as quais as Ordenações Afonsinas, as Ordenações Manuelinas e as Ordenações Filipinas, posteriormente, em 1769, a Lei da Boa Razão – tendência para considerar a Razão como única fonte de direito, o racionalismo. A nossa primeira constituição foi outorgada e não promulgada pelo imperador D. Pedro I.
Entender esse processo evolutivo necessário que se faça uma viajem no tempo à cada constituição brasileira.
CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO DE 1824 traz em seu artigo primeiro o texto: O Império do Brazil é a associação política de todos os Cidadãos Brazileiros”. Já o artigo 6º relaciona quem são considerados cidadãos. O regime de monarquia centraliza o poder na pessoa do imperador, logo a visão de cidadania estava sempre associado aos interesses políticos do governo.
CONSTITUIÇÃO DE 1891 promulgou a República dos Estados Unidos do Brasil e a queda da monarquia, através do golpe político-militar que instaurou novo regime. Somente no artigo 69 é que define quem são os cidadãos e no artigo 72, a Declaração de Direitos, onde garante a inviolabilidade á liberdade, á segurança individual e á propriedade, que ninguém pode ser obrigado a fazer, ou deixar fazer alguma cousa, senão em virtude de lei e por fim, todos são iguais perante a lei.
CONSTITUIÇÃO DE 1934 traz no artigo inaugural que A Nação Brasileira representa a soberania do Estado, mas logo no artigo seguinte declara que todo poder emana do povo. Para analise etimológica nação e povo tem conceitos distintos.
CONSTITUIÇÃO DE 1937 – conhecida como GETULIANA ou Polaca, implanta o Estado-Novo com viés anticomunista, nacionalista, centralização do poder, o artigo 1º tem-se: O Brasil é uma República. O poder político emana do povo e é exercido em nome dele e no interesse do seu bem-estar, da sua honra, da sua independência e da sua prosperidade.
CONSTITUIÇÃO DE 1967 foi decreta pela junta militar que compunha o congresso. Logo o artigo primeiro, do primeiro parágrafo, confere todo o poder soberano a vontade popular, ao declara que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, pela República Federativa do Brasil. Com o Ato Institucional 4, ou AI-4, baixado por Castelo Branco para legitimar o regime militar, consequentemente levou ao AI-5, como nova constituição legitimando o regime militar, que cominou na Lei de Segurança Nacional- LSN. A cidadania passou a ser sub-rogada a vontade do estado pela LSN, com escopo de garantir a lei e a ordem.
CONSTITUIÇÃO DE 1969 se deu pela emenda constitucional nº 1º, muitos dizem que não se trata de uma nova constituição, por se tratar de uma emenda da anterior. Mantiveram-se os mesmos dispositivos acerva da soberania e poder.
CONSTITUIÇÃO DE 1988 apelidada de constituição cidadã, porque muitos direitos sociais foram inseridos no texto, reconheceu a cidadania como base dos direitos políticos democráticos.
A Cidadania é um direito universal no Estado Democrático de Direito, cuja soberania é exercida através do voto popular, para que resguarde o direito individual e coletivo. Enquanto o poder amana do povo pelo exercício da cidadania nenhum Poder estará acima da lei e pela lei qualquer abuso será contido.
A POLÍTICA E O ESTADO
A política pode ser analisada por inúmeros aspectos e as diferentes áreas, seja na sociológica, na jurídica, na filosófica, dentre outras.
Aristóteles, filósofo grego, que na mesma linha de pensamento de Platão, desenvolveu uma teoria política, que derivou da palavra grega “polis” – cidade, sua teoria perpetuou com a celebre frase: “o homem é, por natureza, um animal político”. Sua retórica consistia em afirmar que o homem era predestinado a viver em sociedade e a construir cidades para a sua moradia familiar. Deu aos homens desprezos dessa ideia a condição de vil, apátrida, fora-da-lei, um homem sem valor. Pois a convivência em sociedade atrai para o Estado o direito de impor regras de civilidade e obediência. Cada indivíduo ou família vivendo em cidade poderia, através da razão, azo a sociabilização como bem comum, que sobrepõe os demais animais, essa natureza humana de sentidos e sentimentos permitiria transcender o homem a compreensão do que é o bem e o mal, o justo e o injusto, legitimando o Estado como soberano á todas as vontades individuais e comunitárias.
Mas compreender o sentido literário da palavra faz necessário melhor buscar a leitura na língua pátria, como o significado dado pelo dicionário, que aqui utilizar-se-á o HOUAISS, como referência didática, cujo significado é: 1. Arte ou ciência de governar; 2. Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; ciência política; 3. Orientação ou método político; 4. Arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido, influência da opinião pública, aliciação de eleitores etc. 5. Prática ou profissão de conduzir negócios políticos; 6. Cerimônia, cortesia, urbanidade; 7. Habilidade no relacionar-se com os outros, tendo em vista a obtenção de resultados desejados.
Para o direito o sentido é mais complexo, portanto, valer-se do dicionário jurídico auxiliará uma maior compreensão, neste sentido, o renomado doutrinador, De Plácido e Silva, será o norte orientador, a saber: na acepção jurídica, o mesmo sentido filosófico, em que é tido: designa a ciência de bem governar um povo, constituído em Estado. Assim, é seu objetivo estabelecer os princípios, que se mostrem indispensáveis à realização de um governo, com o cumprimento de suas precípuas finalidades, em melhor proveito dos governantes e governados. Nesta razão, a política mostra o corpo de doutrinas, indispensáveis ao bom governo de um povo, dentro das quais devem ser estabelecidas as normas jurídicas necessárias ao bom funcionamento das instituições administrativas do Estado, para que assegure a realização de seus fundamentais objetivos, e para que traga a tranquilidade e o bem-estar a todos quantos nele se integrem.”
A política atrai ações de ser, fazer, ter, querer, ou seja, abrange a vida civil como um todo. A maneira como se organiza o Estado é que determinará o quão político pode ser a sociedade, seus direitos de cidadania ou mesmo a participação popular nas questões políticas do país.
O Poder Político que exerce o Estado através dos seus organismos institucionalizados não se confunde com a política dos institutos e organizações civis, pois a politica religiosa, empresarial, educacional, partidária são mecanismos intrínsecos aos seus regimes próprios de atividade e atuação, mas todos subordinados a política do Estado e as leis que rege o ordenamento jurídico do país.
Portanto, o maior exercício político que um cidadão pratica, como política de cidadania no direito do Poder Soberano, garantido pela constituição do país, como ato do estado Democrático de Direito, é o VOTO.
POLÍTICA E A POLÍTICA
O ESTADO E PODER POLÍTICO
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
FUNÇÃO DO LEGISLATIVO
Pensadores Políticos
“O povo não tem representante porque as maiorias partidárias, reunidas nas duas casas do Congresso, distribuem a seu bel-prazer as cadeiras de uma e de outra casa, conforme os interesses das facções a que pertencem. O povo sabe que não tem justiça; o povo tem certeza de que não pode contar com os tribunais; o povo vê que todas as leis lhe falham como abrigo no momento em que delas precise, porque os governos seduzem os magistrados, os governos os corrompem, e, quando não podem dominar e seduzir, os desrespeitam, zombam das suas sentenças, e as mandam declarar inaplicáveis, constituindo-se desta arte no juiz supremo, no tribunal da última instância, na última corte de revisão das decisões da justiça brasileira.”
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade… Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.”
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”
“A justiça pode irritar-se porque é precária. A verdade não se impacienta, porque é eterna.”
“Toda a capacidade dos nossos estadistas se esvai na intriga, na astúcia, na cabala, na vingança, na inveja, na condescendência com o abuso, na salvação das aparências, no desleixo do futuro.”
“A espada não é a ordem, mas a opressão; não é a tranqüilidade, mas o terror, não é a disciplina, mas a anarquia não é a moralidade, mas a corrupção, não é a economia mas a bancarrota.”
“Se os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional.”
“O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem.”
“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.”
“Nada mais honroso do que mudar a justiça de sentença, quando lhe mudou a convicção.”
“Outrora se amilhavam asnos, porcos e galinhas. Hoje em dia há galinheiros, pocilgas e estrebarias oficiais, onde se amilham escritores.”
“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado !”
“A miopia intelectual é a mais constante geradora do egoísmo.”
“É preciso ser forte e conseqüente no bem, para não o ver degenerar em males inesperados.”
“A mesma natureza humana, propensa sempre a cativar os subservientes, nos ensina a defender-nos contra os ambiciosos.”
“O exército não é um órgão da soberania, nem um poder. É o grande instrumento da lei e do governo na defesa nacional.”
“Sem o senso moral, a audácia é a alavanca das grandes aventuras.”“Um povo cuja fé se petrificou, é um povo cuja liberdade se perdeu.”
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu.
“a liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder.”
“Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são.”
“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.”
“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.”
“A amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a prestar pequenos favores para que os retribuam com grandes.”
“O que não for bom para a colmeia também não é bom para a abelha.”
“A ignorância é a mãe das tradições.”
“Em qualquer magistratura, é indispensável compensar a grandeza do poder pela brevidade da duração.”
“As conquistas são fáceis de alcançar, pois fazemo-las com todas as nossas forças; mas são difíceis de conservar, uma vez que apenas as mantemos com uma parte das nossas forças.”
“Os leões têm uma grande força, mas esta ser-lhes-ia inútil se a natureza lhes não tivesse dado olhos.”
“As repúblicas acabam pelo luxo; as monarquias, pela pobreza.”
“Toda a grandeza, toda a força, todo o poder é relativo. É necessário ter bem presente que, ao procurar aumentar a grandeza real, se não diminua o verdadeiro poder.”
“É uma experiência eterna de que todos os homens com poder são tentados a abusar.”
“O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, não havendo nenhum desgosto de que uma hora de leitura me não tenha consolado.”
“Parece, meu caro, que as cabeças dos homens mais notáveis minguam quando se reúnem, e que onde há mais sábios, há também menos sabedoria. Os grandes grupos, prendem-se tanto aos momentos e aos vãos costumes, que o essencial não vem senão depois.”
“Em geral, a lei é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra.”
“Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa.”
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“Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem são executadas, pois boas leis há por toda a parte.”
“Não deve fazer-se pela via da lei o que pode fazer-se pelos costumes.”
“É preciso saber o valor do dinheiro: os pródigos não o sabem e os avaros ainda menos.”
“As leis, no sentido mais amplo, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”
“A adversidade é nossa mãe; a prosperidade é apenas uma madrasta.”
“Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.”
“A sisudez é a armadura dos parvos.”
“A devoção encontra, para praticar uma má ação, razões que um simples homem jamais encontraria.”
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli – Nicolau Maquiavel.
“Durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; é uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens.”
“é mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas possa imaginar (Maquiavel).”
“Todos veem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é.”
“Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.”
“Eu creio que um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se abster das ameaças verbais ou insultos.”
“Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.”
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.”
“Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.”
“Uma república sem cidadãos de boa reputação não pode existir nem ser bem governada; por outro lado, a reputação dos cidadãos é motivo de tirania das repúblicas.”
“Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento.”
“A natureza dos homens soberbos e vis é mostrar-se insolentes na prosperidade e abjetos e humildes na adversidade.”
“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
“O homem esquece mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio.”
“Quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons.”
“Onde há uma vontade forte, não pode haver grandes dificuldades.”
“Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não espera o bem não teme o mal.”
“Mesmo as leis bem ordenadas são impotentes diante dos costumes.”
“Os homens prudentes sabem sempre tirar proveito dos atos a que a necessidade os constrangeu.”
“Quem num mundo cheio de perversos pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição.”
“Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma vez só.”
“Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.”
“Todos veem o que tu aparentas, poucos sentem aquilo que tu és, e esses poucos não se atrevem a contrariar a opinião dos muitos.”
“A natureza faz poucas pessoas fortes, mas esforço e treinamento fazem muitas.”
“Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso.”
“Competição: Se seu melhor cavalo quebrar a perna abandone-o. Se seu melhor amigo o trair, esqueça.”
“o homem nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros”.
“É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.”
“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.”
“O primeiro passo para o bem é não fazer o mal.”
“De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho.”
“A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a época de a praticar.”
“Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de preconceitos.”
“A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos.”
“Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz.”
“Povos livres, lembrai-vos desta máxima: A liberdade pode ser conquistada, mas nunca recuperada.”
“Sejamos bons e depois seremos felizes. Ninguém recebe o prémio sem primeiro fazer por isso.”
“O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.”
“Para conhecer os homens, torna-se indispensável vê-los agir.”
“Ninguém quer o bem público que não está de acordo com o seu.”
“Todos os homens são úteis à humanidade pelo simples fato de existirem.”
“Quanto mais do mundo vi, menos pude moldar-me à sua maneira.”
“O povo, por ele próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o conhece.”
“O único hábito que se deve permitir a uma criança é o de não adquirir nenhum.”
“Nunca se conseguirá ser sábio se primeiro não se foi traquinas.”
“Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação? É não ganhar tempo, mas perdê-lo.”
“As nossas paixões são os principais instrumentos da nossa conservação.”
“Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém.”
“A falsidade é susceptível de uma infinidade de combinações; mas a verdade só tem uma maneira de ser.”
“As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm.”
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”
“É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação.”
“Jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todo amor é amor próprio. Pense naqueles que você ama: cave profundamente e verá que não ama à eles; ama as sensações agradáveis que esse amor produz em você! Você ama o desejo, não o desejado.”
“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.”
“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”
“Tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes.”
“Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.”
“A esperança é o derradeiro mal; é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento.”
“Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.”
“O homem parece ter mais caráter quando segue seu temperamento do que quando segue seus princípios.”
“Fé significa não querer saber a verdade.”
“O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.”
“É preciso saber perder-se quando queremos aprender algo das coisas que nós próprios não somos.”
“Nos indivíduos, a loucura é algo raro – mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.”
“O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo.”
“No convívio com sábios e artistas facilmente nos enganamos no sentido oposto: não é raro encontrarmos por detrás dum sábio notável um homem medíocre, e muitas vezes por detrás de um artista medíocre – um homem muito notável.”
“Toma cuidado com os que se mostram pequenos. Em tua presença se sentem pequenos e sua baixeza arde e alimenta invisível vingança contra ti.”
“Há uma coisa impossível em qualquer parte, e essa coisa é a racionalidade. Um pouco de razão, um grão de sensatez, disperso de estrela em estrela, é a levadura indubitavelmente misturada a todas as coisas: por causa da loucura se acha a sensatez misturada a todas as coisas!”
“A fé não move montanhas. Na verdade, coloca montanhas onde não há nenhuma.”
“A desigualdade dos direitos é a primeira condição para que haja direitos.”
“O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira.”
“Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”
“Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo.”
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.”
“Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele.”
“Não há nada mais vergonhoso do que alguém ser honrado pela fama dos antepassados e não pelo merecimento próprio.”
“A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.”
“O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus.”
“Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.”
“A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos.”
“Não devemos de forma alguma preocupar-nos com o que diz a maioria, mas apenas com a opinião dos que têm conhecimento do justo e do injusto, e com a própria verdade.”
“O amor é filho da pobreza e da riqueza: da pobreza, porque constantemente pede, e da riqueza porque constantemente se dá.”
“Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência.”
“O homem inteligente aprende com seus próprios sofrimentos; o homem sábio aprende com os sofrimentos alheios.”
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
“As almas dos homens, antes de terem caído neste sepulcro que é o corpo, conseguiram vislumbrar, umas mais de perto, outras de maneira menos precisa, a Pureza, a Justiça, a Sabedoria. Decaíram, corromperam-se, encheram-se de vícios ao se ligarem com o corpo. Guardam todavia uma tênue recordação do que antes contemplaram e tendem, sempre, para aquela perfeição que um dia contemplaram.”
“Nunca desencoraje ninguém que continuamente faz progresso, não importa quão devagar.”
“O princípio é a metade do tudo.”
“O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer, o tolo porque tem que dizer alguma coisa.”
“A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua conduta ulterior.”
Aristóteles
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.”
“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”
“O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe.”
“Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos os outros bens.”
“Só pode ser feliz um Estado edificado sobre a honestidade.”
“O homem livre é senhor da sua vontade e escravo somente da sua consciência.”
“Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito.”
“A amizade é um alma que habita em dois corpos; um coração que habita em duas almas.”
“A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.”
“Felicidade é ter o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar.”
“Os juízes decidem com base em suas próprias satisfações e ouvem com parcialidade, rendendo-se aos contendores em vez de julgá-los.”
“O homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde.”
“Realizando coisas justas, tornamo-nos justos, realizando coisas moderadas, tornamo-nos moderados, fazendo coisas corajosas, tornamo-nos corajosos.”
“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”
“A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não copiar sua aparência.”