A vida humana é o bem maior a ser preservado, pois nenhuma nação é soberana senão pela existência de um povo, que permite ser governado e se compromete a fazer das leis o ideal de sua vida.
Ser governado por representantes que tem em sua alma o poder e não a vida humana, certamente o povo será o bem necessário descartável para a manutenção da pervertida mente dos políticos, cujo ideal é o controle e monopólio do perverso sistema, que traz no doce discurso a falsa ideia de preocupação. O caos atua no silêncio, o medo ainda se manifesta na agitação, certo que ambos são pejorativos na essência mas inimigos na convicção, o medo necessita do pavor das pessoas, já o caos lança o ódio e discórdia com falso discurso de bem-querer e logo se senta na cadeira do desastre para aguardar o resultado esperado.
A mente cria expectativa e necessita ser alimentada com resultados utópicos. Para isso o caos utiliza-se de fenômenos e circunstâncias mais acessíveis a crença da falsa verdade, que está em si. A política dos políticos passou a aliciar a mente dos governados com o desejo mais satisfatório da falácia humana, a esperança. Certo que o tempo de pensar não é o mesmo tempo de fazer, logo o caos liberta o medo para agir sem nenhuma restrição, levando aos confins a ideia de que todos devem pensar e agir conforme o medo sugere. Pois o medo teme o caos, por isso é obediente e faz tudo o que lhe determinado. Ocupar a mente com ações imediatista é a meta do medo, a do caos o resultado mediato provável, possível e previsível que virá na forma de um tsunami, em consequência da ação do medo. O medo sai de cena a ordem do caos para que o silêncio assuma o protagonismo almejado pelos políticos articuladores. Assim, a vontade popular aliciada pelo medo, age conforme deseja o caos.
A politicagem é o mal necessário que o caos precisa para propagar a desordem. Ao lançar um fruto envenenado o caos não tem força suficiente para atingir um todo, mas se lançar paulatinamente frutos diariamente certamente o acumulo causará o efeito esperado, logo é uma questão de tempo para alcançar o desejo fim. O povo é a força que erguerá a verdade e aprisionará o caos numa caverna isolada, mas para isso inevitável que haja a capacidade de dissuadir a verdade real da verdade ilusória. Enquanto não aprendermos a conviver com a dor da verdade real e paramos de aceitar a verdade utópica como a que causa menos sofrimento, estaremos fadados a sermos governados pelo caos da política.